A noite de terça-feira (14) foi mais uma daquelas em que a população de Rio Branco teve que lidar com a insegurança que se apresentou de forma assustadora, quando seis ônibus foram incendiados. Os ataques se estenderam até a manhã de quarta-feira, (15) e as frotas de ônibus pararam de circular por pelo menos 1 hora e só retornaram após a presença de policiais militares dentro dos veículos para garantir a segurança dos passageiros.
Em coletiva de imprensa, o secretário de Segurança, Emylson Farias, afirmou que o Sistema de Segurança Pública (Sisp) já estava em ação e que foram colocados 500 homens nas ruas para inibir qualquer tentativa de novos ataques.
O reforço é por parte do Exército Brasileiro, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Militar. E segundo informou o secretário, o motivo dos ataques seria em represália à morte de três integrantes de uma facção criminosa durante confronto com a polícia na segunda-feira (13).
Emylson Farias definiu as ações criminosas como covardes e disse que a resposta a esse tipo de crime é colocar estas pessoas atrás das grades o quanto antes. Ainda foi claro em dizer que no Acre, não será permitido acontecer o que ocorre em outros estados.
”Já tentaram enfrentar o Estado em outras ocasiões e agora se for preciso faremos o enfrentamento mais duro, diário e firme. Não vamos dar lugar para estado paralelo se instalar no Estado do Acre. Aqui tem lei, aqui tem ordem, e tem determinação legal”, pontuou o secretário.
Além do efetivo maior nas ruas, ainda são cumpridas medidas judiciais que estão em andamento desde a noite dos ataques. “mais uma vez o Sistema de Segurança está unido para deter aquelas pessoas que ousam se insurgir contar o Estado”, disse Farias
Emylson ainda acrescentou que o Estado não vai recuar, e não pode tratar com flores pessoas que os atacam.
Rotina comprometida
Com os ônibus fora de circulação, centenas de trabalhadores optaram por outras alternativas para de deslocar ao trabalho.
Segundo a assessoria do governo do Estado foram atacados os ônibus das linhas do Laélia Alcântara, Jequitibá, Recanto dos Buritis, Taquari, Vila Campinas, Belo Jardim, além do Box da PM no Tancredo Neves, Posto de Saúde da Cidade do Povo e a carros de passeios no bairro Tucumã e outro no Quinari.
Maria Lucia Cavalcante pega o primeiro ônibus todos os dias para chegar ao seu trabalho. No entanto, desta vez passou quase uma hora na parada e foi necessário pegar um mototáxi, pois estava atrasada.
Se por um lado à população foi prejudicada os mototaxistas, que cedo estão trabalhando, lucraram com o ocorrido. É o caso de Jocildo Araripe que dentro de 2 horas vez dez corridas que no normal realiza duas ou três viagens no mesmo horário.
Por volta das 7 horas da manhã os ônibus voltaram a circular novamente nesta quarta-feira, desafogando o caos das paradas lotadas.
Os ataques
Os ataques aos ônibus ocorreram nos Bairros Laelia Alcântara, Jequitibá, Recanto Buriti, Taquari, Vila Campinas, Bello jardim, e uma tentativa no Aeroporto velho. Além disso, ainda tiveram tentativas contra alguns imóveis: Box Tancredo, Posto saúde CIDADE DO POVO, Casa PM GT3.
As tentativas ainda aconteceram contra veículos, sendo um carro no Tucumã – tentativa ao lado da casa delegado Bayman – Carro PM Senador Guimard.