“O governador está muito animado e é o grande líder desse processo de sucessão”

Em entrevista concedida ao Opinião, o deputado federal Leo de Brito falou um pouco sobre o cenário político que está sendo construído para as eleições de 2018. Leo fez uma avaliação sobre a atual situação do partido ao qual pertence, o Partido dos Trabalhadores (PT), e não se esquivou de falar sobre assuntos polêmicos como: a candidatura de Lula, a sucessão do governo Tião Viana e o comportamento da oposição.

Deputado como o Partido dos Trabalhadores (PT) está se preparando para as eleições presidenciais de 2018?

Leo – O PT está trabalhando de maneira muito forte com diversos segmentos da sociedade civil, que inclusive se posicionaram de maneira forte em relação ao golpe que aconteceu com a presidenta Dilma, para lançar o Lula. Eu, particularmente, sou a favor que o partido lance imediatamente a candidatura do Lula para 2018. O Michel Temer assumiu o governo como resultado de um golpe contra o povo brasileiro, com o único objetivo de estancar a sangria da lava jato e que teve o apoio dos políticos que queriam se salvar. Alem disso, trata-se de um governo ilegítimo que tem trabalhado fortemente para vender as riquezas do Brasil, como agora vimos o caso do pré-sal, e a venda das terras estrangeiras, iniciar um processo forte de privatização, a retirada dos direitos trabalhistas e o desmonte do Estado Brasileiro com a emenda n 95 e a reforma trabalhista, praticamente revogando a CLT, e agora com a reforma da previdência, um verdadeiro saco de maldade. Tudo que o Temer prometeu enquanto era vice-presidente ele não cumpriu, por mais que seja um curto intervalo de tempo a economia foi atacada, temos hoje 13 milhões de desempregados no país, com a popularidade em baixa, enquanto o nome do Lula se apresenta e tem bons resultados, tanto no primeiro turno quanto em todos os cenários de um segundo turno. Se não impedirem, através dessa perseguição judicial que está sendo feita contra ele, tem grandes chances de sair vitorioso desse processo.

E aqui no Acre?

Leo – Aqui nós vamos trabalhar para que possamos ganhar essas eleições. O governador Tião Viana, por mais que não seja candidato, nas conversas que eu tenho tido com ele tem se mostrado muito mais animado do que na última, exatamente porque esses últimos anos são de um mandato que consolida as vitórias do seu governo. Só esse ano nós temos R$ 75 milhões para serem investidos na produção, que é a menina dos olhos da gestão, num momento de crise que o país vive apresenta um aumento salarial para os servidores, apresenta novidades como escola com ensino integral, um governo que continua atuando muito forte ao contrário de outros estados que estão com dificuldade de honrar até a folha de pagamento, e tantas outras boas ações. Vejo que o governador está muito animado que ele é o grande líder desse processo de sucessão do seu mandato. Ele está conduzindo tudo com o espírito de renovação, assim como foi o grande condutor do processo que revelou o prefeito Marcus Alexandre. Nós estamos animados com a possibilidade de vencer as eleições trazendo novos como: o secretário Emylson Farias, a vice-governadora Nazaré Araújo, que são novos nomes para suceder o governador que está convicto, forte e confiante que nos vamos vencer as eleições 2018.

Como a Frente Popular Acreana (FPA) está construindo essa chapa?

Leo – Temos feito reuniões, fizemos um balanço das eleições de agora de 2016, fizemos dez prefeituras e claro que internamente estamos nos preparando para realizar as eleições do diretório estadual, nacional e dos diretórios municipais, o PT está unido nesse processo, nós não vamos ter disputa internas e isso é muito importante. Nós sabemos que temos que lançar nossa melhor chapa, sabemos que a oposição no Acre é forte, mas não é imbatível e hoje já se apresenta como se o Gladson Cameli fosse o candidato eleito para o governo, já distribuindo e escolhendo os secretários de um possível governo, e se eles continuarem subestimando a FPA, sabemos da força que temos. Acho que temos que priorizar a eleição para a sucessão do Tião, construir o cenário para o Senado também, priorizar a reeleição do Jorge Viana e discutir juntos quem deve ser o candidato da segunda cadeira, que na minha opinião eu vejo o nome do presidente da Aleac, deputado Ney Amorim, como um nome forte. Esse debate vai acontecer dentro do PT, com a participação do próprio senador Jorge Viana, como do governador Tião Viana e os parlamentares, assim também como dos outros partidos que têm possibilidade de apresentar um segundo nome.

Como a FPA pretende ir para o embate com a oposição?

Leo – Olha como sempre fizemos: apresentando projetos. Eu não sei qual é o projeto de Estado da oposição, eu não sei o que pensa o senador Gladson Cameli a respeito da economia do Acre, a respeito dos rumos que o Acre vai tomar. A oposição é um conglomerado de lideranças que visa tão somente chegar ao poder. Não dizem para que, que querem chegar ao poder. Nós temos um projeto pra apresentar. Estamos vindo do governo do Tião, que está se consolidando, mas que precisa se fortalecer como um estado pioneiro em ações de desenvolvimento sustentável, com um amplo reforço de uma base tecnológica, científica e de conhecimento, e junto com isso fortalecendo a participação popular. Eu estou muito confiante que estamos montando uma chapa competitiva, que traz renovação e que tem todas as condições para vencer as eleições.

Em relação a candidatura do Lula, porque os acreanos devem escolher ele para presidente?

Leo – Nenhum outro presidente fez pelo Acre o que o Lula fez. O Luz para todos, o Bolsa Família, a BR 364 e todas as pontes que foram construídas ao longo desse percurso, a construção da ponte do rio Madeira, autorizada pela presidenta Dilma, que é a última ponte que interliga a BR, programas como PAA de incentivo à agricultura familiar, e tantos outros. Só pra se ter uma ideia os governos Dilma e Lula investiram no Acre dez vezes mais do que os governos anteriores. E muita gente tem saudade, principalmente a classe trabalhadora que ao invés de estar disputando a permanência dos direitos trabalhistas tinha cada vez mais vez e voz. Só o Minha Casa, Minha Vida fez mais de dez mil casas populares. Se você tirar tudo que o governo Lula fez no Acre, os outros governos federais não terão muito o que mostrar. Tem um sentimento grande de “Volta, Lula” e se isso acontecer sabemos que ele terá um olhar especial para os estados do Norte e Nordeste do país.
Leo – Olha as denúncias feitas pelo senhor Paulo Roberto Costa, ao partido do Gladson, são muito graves, estão sendo apuradas desde 2015, e são diferenciadas porque se observar todos os esquemas que surgiram na Petrobras são sistemas de financiamento de campanha e esse envolve mais de 30 parlamentares do PP, são denúncias contra a PP e PMDB que são os partidos com mais políticos envolvidos na lava jato. O sistema era uma espécie de pagamento de mensalinho para parlamentares, entre eles o Gladson Cameli, então é uma denúncia muito séria que deve ser apurada, mas que pode atingir a imagem do senador e ter desdobramentos nas eleições de 2018.

Deputado, num momento como esse em que as pessoas estão tão desacreditadas da política, na sua opinião, o que o eleitor tem que buscar em um representante político?

Leo – O eleitor tem que estar bem informado, procurar candidatos que estejam preparados, que tenham projetos para a população e para estado. Eu tenho certeza que se nós apresentarmos nomes com experiência ma gestão pública, como os que eu citei, que são nomes talhados para a gestão pública, ao contrário dos nosso adversário, que nunca administrou nada. Eu tenho certeza que nos debates, que serão muito importantes, nossos candidatos terão condições de mostrar que estão preparados, ao contrário do Gladson que não tem muito a dizer.