Os motoristas e cobradores que compõem o quadro de servidores do Transporte Público de Rio Branco protestaram na manhã de ontem, 14, contra a CPI que vai investigar o sistema de transporte de Rio Branco. No ato, eles fecharam a Rua 24 de Janeiro, que dá acesso a Câmara.
Com o protesto da categoria, os vereadores suspenderam, temporariamente, a sessão para receber os representantes do sindicato. Ao retornar a rotina de trabalho no plenário, tanto o sindicato que ganhou o apoio de alguns vereadores sugeriram o fim da CPI.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes do Acre (Sinttpac), Marco Costa, disse que o motivo da paralisação é para garantir o direito dos funcionários que temem uma demissão em massa e também para pedir a participação de representantes da categoria na comissão.
“Queremos entender qual é o principal objetivo da CPI. Se ela trouxer benefício ao trabalhador, não temos nada contrário a ela”, afirma Costa.
Além disso, o sindicalista ainda diz que uma CPI pode, sim, trazer melhorias à população, mas ao mesmo tempo não seria justo se trouxesse prejuízos aos trabalhadores.
“Investigar o transporte público é bom para a população que vai ter um serviço bom. Mas, não queremos que isso afete nosso trabalhador.”
O vereador Roberto Duarte é o autor da proposta de CPI, apresentada no dia 2 de fevereiro. Segundo ele, a ideia é investigar supostas irregularidades nos contratos das empresas de transporte público de Rio Branco.