Mais de 35% das crianças acreanas sofrem com efeitos das mudanças climáticas

Acima de 35% das crianças de alguns municípios do Acre estarão efetivamente mais expostas aos efeitos das mudanças climáticas. É o que diz o estudo “Riscos de mudanças climáticas no Brasil e Limites à Adaptação”, construído por quatro especialistas brasileiros com apoio da Embaixada do Reino Unido no Brasil.

O estudo não detalha quais municípios, mas afirma que com aumento acima de 4°C os municípios das regiões Norte e Centro Oeste e dos Estados do Maranhão e Piauí no Nordeste, poderão apresentar condições climáticas consideradas de alto risco para mortalidade, com temperatura média maior ou igual a 30°C. A população infantil exposta a uma temperatura acima desse nível será maior que 35% em alguns municípios dos Estados do Acre, Amazonas e Pará. Entre os grupos mais vulneráveis, a taxa de mortalidade em idosos pode ser até 7,5 vezes mais.

No Acre, diz outro estudo (Monitoramento e alerta de desastres naturais no Estado do Acre: aplicação da plataforma Terra MA) que os impactos são significativos do ponto de vista social, econômico e ambiental e têm afetado toda a população desde 2005, devido a maior frequência e intensidade dos extremos de chuvas e secas prolongadas.