Odeputado federal Leo de Brito usou a tribuna da Câmara, nesta quarta-feira (8), para falar dos perigos do retrocesso em relação aos direitos das mulheres, que serão as mais prejudicadas pela Reforma da Previdência. Em entrevista à rádio Aldeia FM, no Acre, o parlamentar também tratou do tema, e de sua atuação em defesa dos direitos das mulheres, uma das pautas de lutas de seu mandato.
“Nesse momento, o mandato tem defendido as mulheres, tem denunciado essa questão das agressões e trabalhado na perspectiva de mais igualdade, sobretudo também no mercado de trabalho”, disse o parlamentar, que demonstrou preocupação com os números alarmantes relacionados à violência contra a mulher, e à desigualdade salarial, durante a entrevista.
“Nós sabemos que hoje mesmo, o Data Folha divulgou uma pesquisa que diz que dois em cada três brasileiros presenciaram atos de violência contra as mulheres, no seu bairro. O Brasil ainda tem a quinta maior taxa de feminicídio no mundo. Uma mulher é estuprada no país a cada 11 minutos. Então, mais do que celebrar o dia de hoje, nós temos que fazer reflexões”, afirmou o deputado.
Leo também criticou duramente o que ele chamou de “verdadeiro presente de grego” do presidente Michel Temer: os pontos que afetam as mulheres, caso a Reforma da Presidência seja aprovada. “Igualar aposentadorias entre homens e mulheres, sem considerar algo que é extremamente relevante, as mulheres têm dupla, tripla, quadrupla jornada é um verdadeiro absurdo”, enfatiza.
Emendas parlamentares
A casa Rosa Mulher, um importante espaço de acolhimento das mulheres vítimas de violência em Rio Branco, recebeu emenda de Leo de Brito, para o orçamento deste ano. “Foram R$ 400 mil para recuperação e reforma desta tão importante casa, que faz um trabalho belíssimo. E, claro, também destinamos R$ 300 mil para a área da saúde da mulher, especialmente nas áreas preventivas”, destacou.