O deputado Gehlen Diniz (PP) utilizou o tempo destinado ao Grande Expediente da sessão desta terça-feira (28), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), para falar sobre Segurança Pública. Ele comentou a morte de uma criança indígena que foi atingida por uma bala perdida quando chegava em Sena Madureira, em uma embarcação junto com os pais. Diniz afirmou que houve demora na transferência da criança para Rio Branco por falta de ambulância para atender o Hospital João Câncio Fernandes.
“Confesso a vocês que não iria tratar de Segurança Pública, mas infelizmente os fatos me obrigam a tratar mais uma vez dessa situação delicada no Acre. Bandido mata bandido e depois começa a matar por crime de pistolagem. Em Sena, uma criança indígena tomou um tiro na cabeça. A criança estava chegando com os pais pelo rio e mataram a criança. Um grupo de uma facção teria avistado outra facção e aí efetuaram os disparos. A criança necessitava de atendimento, mas não tinha ambulância. Mais pessoas vão morrer por falta de ambulância se nada for feito. A criança passou a noite inteira no hospital. Resultado: a criança faleceu. Isso não se faz. É falta de compromisso”, disse Gehlen Diniz.
O deputado progressista falou, ainda, sobre a situação do 3º Batalhão da Polícia Militar do Acre, que atende mais de 90 mil pessoas, em 14 bairros, com apenas 60 policiais. Número bem abaixo do esperado para atender a demanda. O parlamentar fez um comparativo. Disse que há mais policiais lotados no gabinete do governador que na região da Baixada da Sobral. São 94 policiais militares à disposição do chefe do Executivo. Outro dado interessante é o número de militares que atuam no Batalhão de Trânsito, são 150 profissionais.
“Tem mais policiais fazendo a segurança do governador que a segurança da população. O governador tem, sim, que ter um número de policiais para fazer a sua segurança, mas é exagerado. No Batalhão de Trânsito, tem 150 policiais para multar. Não estou criticando os policiais, que fique claro isso. Os policiais vão para onde são lotados. Eles são heróis. São eles que garantem a nossa segurança. Mas isso é desproporcional. A Segurança não é prioridade neste governo. Quantas crianças ainda vão morrer? Secretário deixe de fazer política e faça Segurança”, pontua.