A recente pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) registra que o varejo líquido fechou 108,7 mil lojas com o vínculo empregatício em todo o Brasil no ano de 2016. O número é o pior desde 2005, quando o levantamento foi iniciado.
De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) as vendas registraram um recuo de 8,8%, de janeiro a novembro do passado, comparado ao mesmo período do ano anterior.
O economista da CNC, Fábio Bentes, atribui à redução de vendas a falta de dinamismo no mercado de trabalho e o crédito caro.
As lojas do ramo de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo fecharam 34,8 mil estabelecimentos, lojas de calçados, vestuário e acessórios foram 20,6 mil e no setor de materiais de construção 11,5 lojas encerraram suas atividades.
As micro e pequenas empresas, que foram as mais afetadas pelo momento econômico, fecharam 32,7 mil e 39,6 lojas respectivamente. Em 2015, este segmento respondia por 98,6% dos pontos de vendas do varejo nacional e empregava 76,5% da força do setor.
Após dois anos de fechamento líquido de pontos de vendas a expectativa é que em 2017 o número de lojas apresentará estabilidade, avalia a CNC.
No Acre o cenário não é diferente. Mesmo assim, os comerciantes acreanos estão acreditando numa retomada do crescimento do país. Exemplo disso é a empresária Simone Leal que está confiante quanto à melhora nas vendas.
“Graças a Deus não precisamos demitir nenhum funcionário. Estamos otimistas, este ano será de sucesso já que em 2016 foi negativo nas vendas. Creio que em março, abril, as coisas já devem mostrar melhoras”, afirma.
Segundo a empresária para este ano eles pretendem investir em propaganda para chamar atenção do público e melhorar as vendas do comércio.
OPINIÃO procurou a Junta Comercial do Estado para apurar quantas empresas fecharam as portas em 2016, no entanto os dados estão sendo condensados.