Nesta quinta-feira (10), a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), realizou uma sessão solene para saudar as mulheres acreanas pela passagem do Dia Internacional da Mulher. O evento contou com a participação massiva de mulheres trabalhadoras, servidoras do parlamento, secretárias de estado e lideranças da causa feminista.
O presidente do Poder Legislativo, deputado Ney Amorim (PT), destacou a importância e o valor da mulher na sociedade. “Quero externar meu respeito às mulheres acreanas que são guerreiras e incansáveis. Elas são dotadas de uma capacidade incrível, possuem dons e capacidade de realizar inúmeras tarefas, de amar e de cuidar, dons esses dados e inspirados por Deus. A vocês, mulheres, meu respeito e admiração”, disse.
A deputada Doutora Juliana (PRB), autora do requerimento que solicitou a solenidade, salientou que apesar das conquistas alcançadas pelas mulheres nos últimos tempos, ainda há barreiras a serem vencidas.
“A violência contra mulher é sem dúvida a pior forma de desrespeito contra a classe feminina e nós temos que vencer essa luta. Heroicamente, conquistamos sim nossos direitos políticos, mas, a taxa de participação da mulher na política ainda é muito pequena, sem falar na diferença salarial que ainda persiste. Tudo isso me faz chegar à conclusão de que a luta ainda não acabou, nós ainda iremos alcançar a tão sonhada igualdade”, enfatizou.
A juíza da Vara de Proteção à Mulher, Shirley Hage, frisou que o Poder Judiciário acreano tem dado celeridade às medidas protetivas. Entretanto, nem todas as mulheres vítimas de violência denunciam os agressores.
“Estou feliz pela homenagem às mulheres e gostaria de trazer um pouco do papel que o Judiciário tem desempenhado. Nós lutamos a cada dia para que essa violência seja minimizada e o agressor receba a devida pena. Procuramos dar também a medida protetiva quando nos chega o pedido”, destacou.
Em pronunciamento a primeira-dama do Estado, Marlúcia Cândida, salientou que os dias atuais são de transformação. Ela destacou que algumas conquistas alcançadas pelo movimento feminista. “Hoje observamos o movimento das mulheres em todos os sentidos. No mundo empresarial, no mundo das escolhas, no mundo das profissões. Neste movimento, ao longo da vida, gastamos muita energia, mas mesmo com a peleja do dia-a-dia sempre estamos dispostas a enfrentar os obstáculos que encontramos no caminho”, enfatizou.
Na oportunidade, a deputada Eliane Sinhasique (PMDB) apresentou dois anteprojetos de lei. O primeiro pede que o Estado reserve 10% das vagas em cursos técnicos e profissionalizantes para as mulheres vítimas de violência doméstica, em institutos estaduais. O outro sugere ao Executivo que determine a inclusão das mães que têm filhos com deficiência, nos programas desenvolvidos pela Secretaria de Estado de Pequenos Negócios.
“Todos os dias os nossos direitos são desrespeitados. Uma mulher quando não se sente feminina, poderosa, a cabeça dela não estar bem, a autoestima dela fica lá embaixo. Esses anteprojetos visão melhorar a vida das nossas mulheres, que são guerreiras”
