Consumidor ainda está pessimista

Para a vendedora ambulante, Josiane da Silva, que precisa das pessoas para manter o seu negócio rendendo lucros, os dias andam meio difíceis. E ela, assim como a maioria de quem trabalha no setor de serviços têm que se desdobrar para chamar a atenção dos clientes. Todo esse desempenho negativo, ainda se deve a falta de confiança do consumidor.

Segundo o Indicador de Confiança do Consumidor (ICC), medido pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), o brasileiro continua pessimista e isso acaba refletindo lá nas vendas da Josiane.

“O que a gente pode fazer é tentar atrair com promoções, mas até nisso é difícil porque nem sempre podemos ofertar o desconto que o cliente que, do contrário não teremos lucro”, explica a ambulante.

Ainda segundo a pesquisa, em uma escala de zero a 100, foram registrados 41,4 pontos em fevereiro, índice abaixo do nível neutro de 50 pontos, refletindo a má avaliação da economia.

De acordo com os dados, 42% classificaram a vida financeira como ruim ou muito ruim, e o principal motivo para esta constatação estão entre as dificuldades para pagar as contas, 33%; desemprego, 31% e aqueles que estão com dividas atrasadas, 15%.

O servidor público Osvaldo Nogueira, 34 anos, diz que está dentro deste grupo que está vivendo na corda bamba. “Olha, a gente corta daqui e corta dali. Passamos a gastar só com o básico do básico, mas para quem precisa sustentar uma família, a situação ainda é difícil.”