Não é de agora que acreanos são investigados pela participação em crimes no Nordeste do País, alguns inclusive com status de chefões de grupos organizados dentro e fora de presídios no Ceará e Rio Grande do Norte, principalmente.
A última ação envolvendo acreano no Nordeste ocorreu nesta quinta-feira, 2, contra duas agências bancárias no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. Uma quadrilha de nove pessoas, das quais seis foram mortas e outras três foram presas, tentaram levar o dinheiro das agências durante a madrugada. Os suspeitos não tiveram o nome divulgado.
Além da presença de ao menos um acreano, os integrantes da quadrilha são de estados como Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte, informou a política pernambucana.
“Notamos que essa quadrilha tem atuação interestadual porque, logo após o assalto à Brink’s, no Recife, houve uma ocorrência semelhante no Sertão do Rio Grande do Norte. Isso pode nos sugerir uma ligação com a quadrilha que atuou aqui e a investigação está trabalhando para avaliar essa possibilidade”, explicou Joselito Amaral, chefe da Polícia Civil durante declaração pública à imprensa local.
O armamento utilizado pelo grupo demonstra que a quadrilha estava preparada para levar todo o numerário das agências, segundo a polícia. Entre as armas apreendidas, estão três fuzis — capazes de derrubar aeronaves e de perfurar carros blindados —, uma espingarda, uma metralhadora, seis pistolas e dois revólveres, além de munições de diversos calibres. Também foram apreendidos oito celulares, coletes à prova de balas, carregadores de armas, materiais para curativos e três carros utilizados durante a fuga dos envolvidos na ação.
Em maio de 2015, a polícia prendeu Rayreson Lima Sousa na zona rural de Rio Branco depois de 2 anos foragido da Justiça do Acre por assalto e furto. Segundo a polícia, Lima teria participado de um assalto em 2013 a um posto de combustível da capital e depois fugiu o Rio Grande do Norte. Durante a prisão, a polícia disse ter encontrado um RG falso daquele Estado.
Em agosto de 2016, Marcos Paulo Ferreira, conhecido como “Cabeça do Acre”, transferido de Rio Branco para o Rio Grande do Norte acusado de homicídio, virou líder da onda de ataques registrados em Natal naquele mês. Não se sabe onde ele está atualmente.