O uso racional dos recursos naturais e respeito pela legislação ambiental são ideias que regem a política de meio ambiente do governo do Acre. Na última terça-feira, 21, o estado celebrou o Dia Mundial da Floresta com 87% de seu território preservado.
Os 13% de áreas abertas são utilizados e ocupados de maneira sustentável, por meio de uma política de produção socioeconômica que gera renda para os pequenos, médios e grandes produtores, extrativistas e indígenas.
O Acre possui políticas públicas que refletem diretamente no controle e redução do desmatamento ilegal no Estado, que em 11 anos (2004 a 2015), apresentou uma redução do desmatamento de 64%. Em 2014/2015 esse percentual foi de 15% segundo dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O resultado é fruto de uma economia verde, que é pautada na sustentabilidade, uso racional dos recursos naturais e preservação da floresta, desenvolvida há 18 anos. E se contrapõe a realidade de devastação de outras regiões da Amazônia Legal.
Essa política socioeconômica ambiental impulsionada pelo governo do Estado, com incentivo de parceiros como o banco alemão KfW, Banco Nacional do Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), por meio do Fundo da Amazônia; Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) por meio do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Acre (PDSA II) e do Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) que financia do Programa de Saneamento Ambiental Integrado e Inclusão Socioeconômica do Acre (Proacre/Proser), tem garantido resultados positivos, especialmente para as populações tradicionais da floresta.
Por reconhecer a importância da floresta para a vida no planeta e militar na defesa de uma economia sustentável, o governador Tião Viana assinou, em meados de fevereiro, um decreto com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), que estipula a redução total (zero) do desmatamento ilegal no Acre, até 2020.
De início, se instituiu o Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI), responsável pela elaboração do Plano de Ação para Preservação e Controle do Desmatamento Ilegal no Acre, que será apresentado e detalhado em 60 dias. O coletivo vai elaborar, acompanhar e monitorar a execução do plano.
O acordo entre o governo do Estado e a União reúne um investimento de cerca de R$ 400 milhões para as ações de gestão e governança, comando e controle ambiental, bem como de incentivos econômicos no sistema de produção sustentável.
“Agora temos a consolidação de uma cooperação para o desenvolvimento sustentável da região amazônica”, enfatizou Tião Viana, durante a solenidade de efetivação do acordo.