A Culpa Por Querer Ser Feliz

Tenho visto e atendido muita gente que se sente culpada por querer e desejar ser feliz. 

Muita gente querendo voar, mas amarrada em uma situação que muitas vezes nem é sua.

Dos filhos que se sentem culpados pelo divórcio dos pais e carregam isso pro resto da vida.

De um irmão que se culpa pelo fato do outro não ter conseguido o mesmo sucesso na vida.

Da esposa que se culpa por querer viver, enquanto o marido está acomodado na zona de conforto e vice-versa.

Daqueles que trabalham em excesso e quando diminuem o pouco o ritmo se cobram demais por acharem que vão desagradar ou por entender que não estão fazendo o suficiente para se manter no emprego.

Da dona de casa que quer tirar um tempo pra si, mas se sente culpada por não atender os desejos da família.

Dos pais que quererem viver a vida, mas ficam amarrados aos caprichos dos filhos e se culpam todas as vezes que precisam tirar um tempo para si.

Nesses casos que citei, a culpa é que nem uma traição. É quase um crime. Chega a doer até no peito.

Para muitos a condição de ser feliz e leve é uma afronta à sociedade, à família ou a quem estiver por perto.

Quantas vezes você já não foi chamado de egotista só porque queria ser feliz, ou se divertir, ou por querer ganhar dinheiro para viver do bom e do melhor?

Eu mesma já fui muitas vezes julgada e, em razão disso, comecei a formar minhas crenças limitantes no que diz respeito a felicidade, prosperidade e dinheiro.

Cansei de ouvir coisas como: você vai se divertir enquanto seu tio está passando por um momento difícil.

Você mal se separou já está na rua com as suas amigas (tinha ido comer uma pizza).

Você tem que aguentar as humilhações no seu emprego por que lá te paga bem (quando eu pensava em sair).

Você vai deixar a sua família sozinha por conta de um sonho besta? 

Quantas vezes você deixou de fazer o que quis, de viver seus sonhos por conta de alguém, por se compadecer com ele, por se colocar no mesmo buraco que ele?

Você acha isso justo?

Cada um tem a sua jornada, sua estrada, seu aprendizado.

E não estou falando aqui em abandono, mas sim de delimitar espaços onde cada um possa se movimentar a sua maneira, vivendo a sua vida.

Quando nos culpamos por algo, nós prendemos mais ainda a esse algo.

É preciso saber em que momento firmamos esse compromisso (infância, juventude, relacionemos…) para que possamos desfazer dele.

Só a crença limitante, trabalhada na sua raiz, é capaz de romper com a culpa e com os comportamentos que nascem dela.

Então não perca tempo, se observe, veja de onde vem tanta culpa e porque ela está aí, pois já é chegada a hora de sermos felizes.

Com muito carinho, Heloísa Tainah.

Orientadora Holística